Educação
Breve História Ilustrada da Educação Brasileira
Fazemos aqui uma breve discussão dos princípios que norteiam a educação em nosso país:1) Matemática, ciências e línguas são ensinadas dogmaticamente, por meio de mandamentos impostos liturgicamente por professores e autores. Exemplo:
Professores afirmam sem pensar: "Não dividirás por zero!"2) A visão fragmentada de nosso sistema de ensino não permite que alunos percebam as relações existentes entre diferentes áreas do saber. E mesmo em uma área específica como matemática, cada tópico é tratado de maneira independente dos demais. Exemplo:
Ensina-se teoria de conjuntos nas escolas, mas alunos e professores não têm ideia da importância estratégica dessa disciplina tanto em matemática quanto em português, história, artes e ciências. Consequentemente, nossa visão de mundo é deficiente e esteticamente horrorosa.3) Nossos alunos não são estimulados a pensar criticamente. São simplesmente moldados à imagem e semelhança de seus mestres, por métodos que nada mais são do que adestramento. Exemplo:
Em tom épico, sustentado institucional e socialmente, docentes propagam: "Faça como eu faço e tudo ficará bem!" A criatividade dos nossos jovens é esmagada.4) Consequentemente, nossos alunos demonstram um nível intelectual que os torna praticamente incapazes de inserção em uma sociedade cada vez mais globalizada. Exemplo:
Temos um dos piores desempenhos no PISA, teste internacional de educação comparada. Mas ainda temos esperança de que nosso sistema educacional seja melhor do que o etíope.5) Devido a essa infame realidade, não valorizamos propriedade intelectual. Afinal, não existe tradição brasileira de concepção de ideias. Exemplo:
O Brasil combate a pirataria de forma incipiente, a população sequer sabe o que é pirataria, e o uso de produtos falsos e ilegais é uma prática cultural mais do que aceita pela população. Afinal, por que desenvolver ideias, se outros países o fazem tão bem? Eu mesmo estou fazendo uso de imagens com copyright sem me preocupar. Afinal, sou brasileiro!6) A língua inglesa é ostensivamente lecionada em nossas escolas, vivemos em constante contato com a cultura norte-americana, nossos vizinhos latino-americanos falam predominantemente espanhol, mas ainda não conseguimos estabelecer comunicação com o mundo que existe além de nossas fronteiras. Exemplo:
Mesmo professores universitários encontram sérias limitações para ler, escrever, falar ou entender inglês e espanhol. Aliás, até mesmo em cursos universitários de letras, com ênfase em inglês e português, há inúmeros docentes que não conhecem sequer o básico da língua que o resto do planeta fala.7) Não existe política meritocrática em nossas instituições de ensino. Exemplo:
A falta de estímulo real a profissionais de alto nível se reflete como uso extremamente inadequado de recursos. Reconhecimento é considerado elitismo que, por sua vez, é tido como politicamente incorreto. Nem mesmo alunos superdotados são tratados de forma diferenciada, apesar de deficientes físicos e mentais terem acesso cada vez mais sistemático a educação inclusiva. 8) Ainda não percebemos que a família é a base social da educação de nossos jovens. O exemplo familiar de valorização da cultura é fundamental para que nossos filhos se sintam estimulados a exigir cada vez mais de seus mestres. Exemplo:
Se você sabe o nome original dessa escultura, bem como do artista que a concebeu, talvez esteja sintonizado com a cultura mundial e, portanto, pode ser um bom exemplo para seus filhos. Mas se nem o básico você conhece, que pelo menos procure estimular intelectualmente aqueles cujo futuro depende de seu exemplo como ser humano.9) A cultura da centralização de políticas e estratégias educacionais naturalmente afasta a população de suas responsabilidades nessa área. Com isso não percebemos a contradição de que queremos educação competitiva, mas nada fazemos para conquistá-la. O futuro promissor que tanto se propaga em nossa nação somente é possível se tivermos liberdade para nossas próprias decisões. Exemplo:
O ENEM foi mais um golpe cruel contra o direito à educação. Se nossos filhos querem ingressar em uma universidade, que tenham esse direito por mérito, e não por selvagem e incompetente critério de competição que abstrai toda e qualquer noção de realidade local. Governos devem criar mais universidades e mais vagas! Mas governos não devem assumir a péssima postura superprotetora que isenta a responsabilidade do cidadão. 10) Educação reside na crítica àquilo que se crê já estabelecido. Precisamos questionar até mesmo o que parece adequado. Exemplo:
Se você quer saber mais sobre alguns dos tópicos aqui apresentados, leia os demais posts deste blog. E se compartilha com pelo menos algumas das ideias aqui colocadas, divulgue esta página. Não aceite o país como está, não aceite o que aqui se escreve! Apenas inicie uma discussão e assuma sua responsabilidade social e familiar. Educação é importante demais para ficar nas mãos de professores, autores ou governos. Todos os segmentos sociais devem participar deste processo ativamente, a começar pela família.
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