Icnofósseis: vestígios fósseis deixados para trás!
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Icnofósseis: vestígios fósseis deixados para trás!


Olá leitor. Hoje iremos caminhar para um mundo misterioso e cheio de curiosidades da Paleontologia. Descobriremos que simples vestígios da atividades de quaisquer organismo, deixados há milhões de anos, podem ajudar os cientistas em suas pesquisas sobre os hábitos e as características gerais de seu produtor.

PARA COMEÇAR: TIPOS DE FOSSILIZAÇÕES

Antes de chegarmos no tema central, primeiro você precisará saber que existem dois tipos principais de fossilização: a preservação de restos e de vestígios

Restos são partes duras ou moles do organismo que foram preservadas. Já vestígios são evidências indiretas das atividades ou ações de um determinado organismo.

Estes dois grupos abrangem outras subdivisões, mas trataremos sobre elas em uma próxima postagem... Bem, agora que já conhecemos isso, podemos seguir em frente.

O QUE É UM ICNOFÓSSIL? E QUAL SUA IMPORTÂNCIA?

Lembra-se quando você foi na praia e pisou na areia úmida, criando uma espécie de molde de seu pé, ou melhor dizendo, criando uma pegada? Pois é, meu amigo leitor, você deixou ali um vestígio de sua existência. 

Os icnofósseis são basicamente vestígios de atividades de organismos preservadas em rochas, sedimentos ou corpos fósseis. Os icnofósseis podem ser: pegadas, marcas de dentes, ovos, ninhos, túneis, escavações, fezes, urina e etc. A área da paleontologia que estuda estes vestígios é chamada de Paleoicnologia.

Pegadas fossilizadas são um tipo bem comum de icnofósseis.
Na foto, uma trilha de pegadas de um therizinossauro, nos EUA.
Os icnofósseis são de extrema importância para o mundo paleontológico. Com eles, os cientistas poderão compreender a diversidade de comportamentos dos organismos pretéritos e o registro de sua presença em algum intervalo de tempo geológico. Eles ajudam nas interpretações da diversidade ambiental e ecológica de determinada época e também podem ajudar no ramo da estratigrafia.

EVIDÊNCIAS INDIRETAS, MAS QUE AJUDAM!

Pode parecer estranho ou perda de tempo ficar analisando fezes de organismos que viveram há milhões de anos... mas esta análise pode revelar informações incríveis sobre tal organismo. Por exemplo, analisando fezes, o paleontólogo pode descobrir pequenos restinhos de comida que revelarão a última refeição do animal! Isso o ajudará a determinar o seu tipo de dieta: CARNÍVORA, HERBÍVORA ou será ONÍVORA?

Mesmo sendo algo estranho, a análise de fezes de organismos já extintos
pode levar a diversas conclusões sobre os seus hábitos alimentares.
Na foto, um coprólito (fezes) de um Ichthyosaurus.
Mas não para por aí, pegadas podem evidenciar migrações para determinadas regiões, como também podem até mesmo ajudar a responder a velocidade que aquele ser vivo estava caminhando! Incrível, não é mesmo?

Os icnofósseis são de grande valia, e sua importância é inegável. Para a Paleontologia, estudar esses vestígios pode dar informações evolutivas e comportamentais de determinados grupos de organismos, o que é muito desejado no campo da Paleoecologia.

REFERÊNCIAS


Carvalho, I.S. 2010. Paleontologia: conceitos e métodos, volume 1, 3 ed. Rio de Janeiro, Ed. Interciência.


Silva, C.M. da (2006) - Temas de paleontologia: Iconofóssil. Acessível em: http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Indexpal.htm, consultado em: 09 de abril de 2014.

Leia mais sobre fezes fósseis em: http://scienceblogs.com.br/colecionadores/2012/11/coprolito/



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