Os microfósseis são na realidade fósseis de organismos que durante seu estado adulto, têm menos de 1-2 mm de dimensão máxima, ou são partes isoladas de organismos maiores (dentes, ossículos, carapaças, etc).
Os microfósseis são divididos em certos grupos, pelo motivo da diferença das constituições químicas destes. Veja a seguir os principais grupos de microfósseis e descubra a importância deles no meio paleontológico:
São devidamente carapaças de foraminíferos (organismos unicelulares), valvas de ostracodes (organismos multicelulares), espículas de esponjas calcárias, etc.
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Diversos elementos microfósseis de conodontes. Na maior parte, trata-se de dentes com tamanho entre 0,25 e 2 mm. |
Radiolários (organismos unicelulares), frústulas de diatomáceas (algas unicelulares), espículas de esponjas, etc.
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Um exemplo de Radiolário. Autor da imagem, desconhecido. |
São devidamente pólen, esporos, cutículas vegetais, escolecodontes (estruturas de aparelho dental de poliquetos) e etc. Lembrando que quem estuda este grupo de microfósseis são designados como Palinólogos que abrangem uma área de estudo chamada Palinologia.
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Pólen fóssil de 470 milhões de anos achados na Argentina. |
Tudo bem mas... qual a importância do estudo de cada grupo de microfósseis?
Há quem diga que estudar microfósseis parece ser chato demais, porém a sua importância nunca deve ser descartada no meio paleontológico.
Com a ajuda de microfósseis podemos determinar a idade das rochas que contêm fósseis. As espécies ao qual pertencem os microfósseis geralmente têm um tempo de existência curto (duram poucos milhões de anos) e por isso são ótimas para datar as rochas (fósseis guia).
Podemos citar também que os microfósseis favorecem o entendimento das movimentações tectônicas. Muitos microfósseis são restos de algas marinhas, e o estudo deles indicam o surgimento de oceanos e o seu desenvolvimento, o que nos dá uma noção precisa da movimentação dos continentes durante os períodos geológicos.
Cada grupo relatado acima apresenta uma particular importância. Por exemplo, no estudo dos microfósseis orgânicos, podemos descobrir diversas informações sobre o clima e ambiente de um determinado local ou época no passado. Não podemos esquecer também das informações sobre mudanças climáticas e vegetacionais, que dispomos graças aos pequenos fósseis de pólen.
Microfósseis não informam apenas sobre o clima e o ambiente do passado, como também são uma peça chave na Bioestratigrafia, auxiliando nos estudos das relações entre camadas sedimentares por todo o planeta.
Agradecemos a ajuda do Msc. Henrique Zimmermann Tomassi em reunir e interpretar as informações.
REFERÊNCIAS
Paleontologia: conceitos e métodos, volume 1/editor, Ismar de Souza Carvalho. - 3 ed. - Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
Laboratório de Foraminíferos e Micropaleontologia Ambiental: Microfósseis, por Rodrigo Aluizio.
Link do site: http://www.forams.ufpr.br/
Colecionadores de Ossos: A MEGA importância dos MICRO e NANO organismos, por Maiana Kreff Avalone. Para acessar a esta publicação online, clique aqui.