Tudo possui uma origem, assim como os primeiros seres vivos há mais ou menos 3,8 bilhões de anos. Assim foi com o estudo dos dinossauros. Como tudo isso começou? Na postagem de hoje vamos falar sobre as primeiras descobertas de dinossauros na história!Segue o tópico listado com as primeiras descobertas:
- As primeiras escrituras e menções sobre dinossauros
Talvez desde os primórdios da raça humana, os homens das cavernas já cruzassem em sua rotina diária com fósseis, seja de dinossauros ou qualquer outro tipo de ser vivo pretérito. Entretanto, naquela época eles ainda não haviam desenvolvido a escrita como principal forma de registrar os seus achados ou descobertas. Suas formas de descreverem eventos diários eram por meio de pinturas, gravuras em baixo relevo ou esculturas rudimentares: o que conhecemos como arte rupestre. Já foram encontrados na Europa adornos pré-históricos confeccionado com fósseis e esses são alguns dos únicos registro que temos da interação de humanos da "Idade da Pedra" com material paleontológico.
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Um exemplo bem comum de pinturas rupestres. Autor da fotografia, desconhecido. |
Agora, se falarmos de material escrito, a perspectiva já é outra. As mais antigas escrituras a respeito de dinossauros provêm da China.
Em diversos textos chineses, ossos fossilizados são citados. Alguns desses textos possuem mais de 1.700 anos antes de Cristo! Os chineses normalmente atribuíam superstições e qualidades mágicas aos ossos encontrados, utilizando-os até mesmo como ingredientes medicinais.
Se pararmos para pensar de uma maneira crítica sobre os mitos de "dragões" de várias culturas: Eles não nos lembram em muito os dinossauros?
Os chineses não foram os únicos a terem contato com fósseis na antiguidade. Quando membros de algumas tribos asiáticas da região da Mongólia entraram em contato com os gregos, há cerca de 2.500 anos antes do presente, eles relataram contos de animais aterrorizantes, com bicos de águia e quatro patas, que surgiam em meio as areias do Deserto de Gobi. Esse mito pode ter sido originado por esqueletos de Protoceratops (comuns na formação geológica da região), que teriam sido confundidos com bestas terríveis, amedrontando os que tiveram a oportunidade de observá-los de perto.
Além disso, os mitos de ciclopes e gigantes na Grécia, muito provavelmente surgiram dos esqueletos de gonfotérios e outros grandes mamíferos da Era do Gelo encontrados na região.
- Se você se interessou sobre esse tema pode ler mais sobre isso AQUI - "A Visão sobre os Fósseis e a Paleontologia no passado da humanidade" -
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À esquerda: a ilustração do suposto fóssil estudado por Plot; à direita, capa do livro de história natural, da qual, Plot publicou em conjunto com a ilustração, descrições destalhadas sobre o 'espécime'. |
Robert Plot, em 1677, representou pela primeira vez em uma ilustração (até onde sabemos) um osso de dinossauro, e publicou seu desenho em um livro de história natural de Oxfordshire. De início presumiu-se que o osso fosse de um homem gigante, depois de um elefante, e por fim hoje sabe-se que pertencia à um Megalosaurus, um tipo de dinossauro carnívoro. Com tantas discórdias, o fóssil se perdeu, restando apenas a descrição e desenho original de Plot.
- Megalosaurus, o primeiro dinossauro a receber um nome
O famoso geólogo de Oxford, William Buckland, foi o primeiro a ter o privilégio de nomear e descrever um dinossauro. Ossos de um gigantesco réptil foram desenterrados perto da cidade de Oxford, na Inglaterra, em uma pedreira de calcário de Stonesfield. Buckland recebeu o material para que o estudasse. Em 1824, o geólogo batizou o réptil de Megalosaurus ("lagarto gigante"). Para Buckland e muitos na época, a descoberta não se passava de um lagarto carnívoro gigante.
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Réplica do século XIX do Megalosaurus, situado até hoje no Park Crystal Palace, Inglaterra. |
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Primeira impressão sobre a postura e fisionomia do Iguanodon. Séc. XIX. |
- O primeiro herbívoro gigante
Um ano depois do batismo do Megalosaurus, um médico do sul da Inglaterra chamado Gideon Mantell - colecionador de fósseis - encontrou, em companhia de sua mulher, dentes fossilizados em forma de folha, que teriam pertencido a um grande animal desconhecido. Em 1825, o médico denominou este ser de Iguanodon, supondo se tratar de um lagarto herbívoro enorme, semelhante à uma iguana. Tal descoberta revolucionou tudo naquela época.
Bem, tratei de expor as descobertas principais, bem lá no início de tudo, até porque procurávamos saber sobre a origem, não é verdade? Podemos dizer que nos anos seguintes, no século XVIII, as descobertas começaram a ficar mais abundantes. Muitos achados tanto na Europa quanto na América do Norte permitiram um estudo mais concreto sobre estas criaturas, como também ajudaram a provar que estes seres dominaram o planeta todo há milhares de anos.
Algumas das espécies descritas nesse período: Thecodontosaurus, Hypsilophodon, Cetiosaurus, Leptoceratops... e por aí vai... as descobertas pareciam não acabar nunca! Era como se a terra estivesse cuspindo tesouros históricos de um mundo perdido do passado.
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O notório naturalista inglês, Richard Owen |
Após a grande onda de descobertas sensacionais da segunda metade do século XVIII e início do XIX, o termo DINOSAURIA foi finalmente utilizado pela primeira vez: em 1842, pelo famoso naturalista inglês Richard Owen. O significado... acredito que todos já sabem: "lagarto terrível", fazendo uma referência ao tamanho destas criaturas. Owen demonstrou também, que estes seres eram diferentes de toda coisa vida daquela época, criando e transformando a visão que se tinha do passado biológico de nosso planeta.
As descobertas continuam ocorrendo até hoje, e não param, mas por quê? Além disso, por que tanta avidez em querer descobrir muito mais? Simples... precisamos desenterrar as 'chaves do passado' pois só assim poderemos abrir o 'baú de tesouro' do futuro. Para finalizar esta postagem, gostaria de dizer-lhes: as descobertas continuam pelo mesmo motivo que vocês, leitores, amam dinossauros e os milhares de seres que já habitaram nosso planeta: a curiosidade humana não cessa. Precisamos conhecer da onde viemos e para onde vamos.
Referência bibliográfica: Berrett, Paul. Dinossauros -. São Paulo: Martins Fontes, 2002. Páginas: 26, 27, 28 e 29.
Utilizei esta obra apenas para averiguar mais as informações.
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