Datação: Como os paleontólogos identificam a idade de um fóssil?
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Datação: Como os paleontólogos identificam a idade de um fóssil?


Você já deve ter visto uma matéria  abordando a descoberta de um novo fóssil de dinossauro.
A notícia geralmente vem acompanhada da informação "este dinossauro viveu há *tantos* milhões de anos". De repente você pensa:

"Como os paleontólogos sabem a idade de um fóssil?!"

Datação absoluta

A datação absoluta é muito importante para o reconhecimento da idade de uma rocha ou de um fóssil.
Ela consiste na determinação da idade em milhares ou milhões de anos do objeto em questão, tomando-se como referência o tempo presente.
As técnicas de datação absoluta mais frequentes são, a datação radiométrica ou radioativa, a datação por paleomagnetismo e a datação por termoluminescência. Mas a que vamos conhecer hoje é datação radiométrica e sua relação na determinação da idade do fóssil. Como isso funciona? Vejamos abaixo:

Datação radiométrica ou radioativa 


O método mais conhecido de datação radiométrica é o do Carbono 14. Neste método é usado o princípio que o átomo de Carbono 14 emite radiação com o passar do tempo, perdendo dois nêutrons e se transformando em Carbono 12. O tempo decorrido até o decaimento de metade da massa isotópica inicial é chamado de meia-vida. A meia-vida do Carbono 14 é muito curta, por isso serve apenas pare medir a idade de restos de organismos que viveram até 70.000 anos atrás.
Ele não é eficaz para datar a idade de um dinossauro, porque dinossauros viveram há milhões de anos, mas é bastante eficiente para reconhecer a idade de animais que viveram em períodos mais recentes em relação à história geológica da Terra.

Existem também outros elementos radioativos que servem para fazer a datação dos fósseis e rochas mais antigas que 70.000 anos. Os mais usados são o Potássio 40, com meia-vida de 1,25 milhões de anos e o Urânio 238, com meia-vida de aproximadamente 4,5 milhões.

Nem todas as rochas são possíveis de serem datadas, todavia. As rochas sedimentares não são confiáveis ou não servem para datação, assim como os fósseis em si. Geralmente são utilizadas rochas ígneas que se intercalam ou intersectam as camadas sedimentares. Assim uma idade mínima e máxima é inferida para um estrato de rochas.

Quando a datação absoluta não pode ser utilizada, ou os estudos em uma área estão simplesmente começando, utiliza-se o método de Datação Relativa. A Datação Absoluta necessita de equipamentos especializados e geralmente é bastante cara.



Para saber mais: Datação relativa

O método de datação relativa foi o primeiro a ser desenvolvido para se estimar a idade das rochas. William Smith, engenheiro de minas inglês, foi o primeiro a idealizá-lo e utilizá-lo. Smith se apoiou nos princípios de sequências estratigráficas desenvolvidos por Nicolau Steno e Hutton, além de nas suas próprias observações estudando a geologia da Inglaterra.

A datação relativa permite estabelecer a idade de uma rocha, comparando-a com sequências similares, ordenação dos estratos e o seu conteúdo fossilífero. Ela estabelece a ordem cronológica de uma sequência de acontecimentos, ou seja, estabelece a ordem pela qual as formações geológicas se contituíram no lugar onde se encontram.

Os principais princípios utilizados para isso são: o da sobreposição dos estratos (imagem), o da inclusão, o da intersecção e o da sucessão faunística. Para saber mais sobre datação relativa leia: http://detetivesdopassado.colecionadoresdeossos.com/2014/04/bioestratigrafia-e-datacao-relativa-de.html


Referências:

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-edeterminada-a-idade-de-um-fossil
http://www.ufrgs.br/paleodigital/Tempo_geologico5.html









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